atleta Ramon.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
o atleta antes e depois do futebol
veja os videos com a entrevista com nossos atletas cada semana um diferente não perca mais essa novidade.
domingo, 21 de novembro de 2010
JUNTOS TRANSFORMAMOS A MAGIA DA BOLA EM REALIDADE
sábado, 20 de novembro de 2010
treinamentos noturno.
Nesses dias de calor sol muito quente durante o dia os treinamentos noturno para a equipes que não tem campeonatos mais este ano é a melhor saida.
jogadores que não jogam já a um tempo,outros que estão disputando campeonatos e outros que não jogam sempre.nesta faze dos treino o importante equilibra todos em um ritmo só.para todos jogarem bem.
obrigado a todos que comparecem aos treinos com certeza eles também estão ajudando na saúde de vida deles mesmo.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
a importância do esporte na saúde publica e na sociedade
Introdução
Historicamente, a Educação Física tem priorizado e enfatizado a dimensão bio-fisiológica. Entretanto, a partir da década de 80, a presença de outros ramos do saber, especialmente das Ciências Humanas tem participado deste debate. Novas questões, advindas da percepção da complexidade das ações humanas, tem sido trazidas por este outro campo científico. Passa-se a estudar a Educação Física em uma visão mais ampla, priorizando a multidisciplinariedade, onde o homem, cada vez mais, deixa de ser percebido como um ser essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais abrangente, onde se considera os processos sociais, históricos e culturais.
Este ensaio pretende inserir-se nesta discussão. Seu objetivo é contribuir para o debate, de uma forma introdutória, levantando questões sobre o papel das relações sociais no universo da atividade física.
O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, buscamos apresentar a visão que, historicamente, tem legitimado a relação entre a atividade física, saúde e qualidade de vida da perspectiva das ciências biológicas. Na segunda parte, com o objetivo de trazer novos elementos para o debate, lançamos um olhar social, cultural e histórico sobre o tema.
O paradigma do Estilo de Vida Ativa
“Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)
A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população.
Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa.
Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de Movimento Vida Ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral.
O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos.
Neste cenário, entende-se que o incremento do nível de atividade física constitui um fator fundamental de melhoria da saúde pública.
Atividade Física & Saúde
Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
Para a melhor compreensão deste modelo definem as variáveis que o compõem:
Atividade Física é definida, segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.
Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associaria-se à morbidade e, no extremo, à mortalidade.
Para a Aptidão física, adotam a definição de Bouchard et al.(1990): um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um, funcionando no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir uma alegria de viver e evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas.
Nesta definição distinguem a aptidão física relacionada à saúde da aptidão física relacionada à capacidade esportiva. A primeira reúne os aspectos bio-fisiológicos responsáveis pela promoção da saúde; a segunda refere-se aos aspectos promotores do rendimento esportivo.
O modelo em questão vem orientando grande parte dos estudos cujo enfoque é a relação entre a atividade física e saúde na perspectiva da aptidão física e saúde (Barbanti,1991; Böhme,1994; Nahas et al.,1995; Freitas Júnior,1995; Petroski,1997; Lopes, 1997; Ribeiro,1998; Fechio,1998; Glaner,1998; Zago et al.,2000).
Para Marques (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado de bem-estar resultante da participação na atividade física. Supera a tradicional perspectiva do “fitness”, preconizada nos anos 70 e 80 - centrada no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória - e procura inter-relacionar as variáveis associadas à promoção da saúde. Remete, pois, segundo Neto (1999) a um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.
Conforme Neto (1999), o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de 30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos sedentários passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas, diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas à vida pouco ativa
.
Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença - USA (CDC), o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 a 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde (Matsudo,1999). Nesta mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (Powell et al., 1985).
Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .
Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).
Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.
Qualidade de vida
Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, sua maior expressão.
Observa-se, nos eventos científicos, nacionais e internacionais, realizados nos últimos anos, a ênfase dada a esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido.
O Simpósio Internacional de Ciências do esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS com o tema Atividade Física : passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais.
Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida, destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física.
No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida.
Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento.
Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física.
Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida.
Lima (1999) afirma que a Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar.
Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade física regular na melhoria da qualidade de vida.
Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde.
Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de vida.
Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável qualidade de vida, sugere que programas de atividade física bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, consequentemente , otimizar a qualidade de vida.
Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida.
O “Manifesto de São Paulo para a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira Ciência e Movimento (jan/2000) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo a melhoria da qualidade de vida.
Fora dos círculos acadêmicos, os meios de comunicação constantemente veiculam informações a respeito da necessidade de o homem contemporâneo melhorar sua qualidade de vida por meio da adoção de hábitos mais saudáveis em seu cotidiano.
Neste contexto, a Federação Internacional de Educação Física - FIEP, elaborou o “Manifesto Mundial de Educação Física - 2000”, o qual representa um importante acontecimento na história da Educação Física pois pretende reunir em um único documento as propostas e discussões efetivadas, no âmbito desta entidade, no decorrer do século XX..
O manifesto expressa os ideais contemporâneos de valorização da vida ativa, ou seja, ratifica a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida e prioriza o combate ao sedentarismo como objetivo da Educação Física (formal e não formal) por meio da educação para a saúde e para o lazer ativo de forma continuada.
Novos olhares sobre a relação Atividade Física e Saúde
Diferentes visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde foram acima apresentadas. Correspondem a visões bastante disseminadas e aceitas no domínio da Educação Física. Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e as caracteriza. Este, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física.
Segundo compreendemos, a questão não nos parece suficientemente resolvida deste ponto de vista. A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões. Resolvê-la exclusivamente pelo paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes.
Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para o debate ao conceber o homem segundo uma lógica distinta daquela estritamente bio-fisiológica. No entender dessas ciências, a realidade não é um dado unívoco, mas uma construção social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os diferentes processos sociais.
Na perspectiva naturalista, pouca atenção tem sido dada aos interesses políticos e econômicos associados à saúde, à aptidão física e aos estilos de vida ativa. Esta visão assumiu uma postura eminentemente individualista e biologicista no qual elaborou-se o conceito de vida fisicamente ativa independentemente de uma análise cultural, econômica e política, desconsiderando as contradições estruturais que limitam as oportunidades de diferentes grupos sociais.
PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PROMOVE QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE
A prática esportiva é muito importante, tendo impacto positivo na qualidade de vida e na saúde das pessoas, sobretudo na terceira idade, já que favorece o equilíbrio físico e emocional dessa faixa etária. “No aspecto funcional, destaco o aumento da força em até 200%, além do fortalecimento dos ossos; aumento da mobilidade e flexibilidade nas articulações, melhora do equilíbrio, manutenção da postura e aumento da capacidade de coordenar melhor os movimentos. No aspecto psicológico, posso citar o aumento da disposição, melhora da auto-estima e da sensação de bem estar. Esse conjunto de benefícios colabora para que o idoso saia de um eventual estado depressivo”, salienta o presidente do Instituto Ortopedia & Saúde, o ortopedista dr. Fabio Ravaglia.
Apesar de os benefícios serem comprovados, dr. Ravaglia afirma que a prática de exercícios físicos não é muito adotada pela terceira idade. O médico cita uma pesquisa realizada em Campinas, São Paulo, que revelou um alto grau de sedentarismo na terceira idade. O estudo realizado pela fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), constatou que dos 426 entrevistados — todos com idade superior a 60 anos — 296 participantes do estudo (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico.
“A pesquisa mostra um maior índice de sedentarismo entre os idosos fumantes, que têm sete vezes mais chances de serem sedentários do que os que não fumam”, conta o dr. Ravaglia. O estudo indica uma forte associação entre sintomas depressivos e/ou ansiedade com a falta de atividade física. O sedentarismo é maior entre os idosos (84,9%) que têm algum tipo de alteração emocional. A análise mostra, ainda, a prevalência de idosos com hipertensão arterial. “Doenças como a hipertensão, frequentes na terceira idade, poderiam ser combatidas com sucesso com a prática de exercícios físicos diária. Ao inserir a caminhada no dia-a-dia, por exemplo, o idoso pode prevenir e tratar uma série de patologias. Combater, inclusive, a que mais debilita o ser humano — o isolamento social. Nas caminhadas, o convívio social é ressaltado, pois além de melhorar a saúde, oferece oportunidade de melhorar a qualidade de vida”, finaliza o médico
A prática esportiva é muito importante, tendo impacto positivo na qualidade de vida e na saúde das pessoas, sobretudo na terceira idade, já que favorece o equilíbrio físico e emocional dessa faixa etária. “No aspecto funcional, destaco o aumento da força em até 200%, além do fortalecimento dos ossos; aumento da mobilidade e flexibilidade nas articulações, melhora do equilíbrio, manutenção da postura e aumento da capacidade de coordenar melhor os movimentos. No aspecto psicológico, posso citar o aumento da disposição, melhora da auto-estima e da sensação de bem estar. Esse conjunto de benefícios colabora para que o idoso saia de um eventual estado depressivo”, salienta o presidente do Instituto Ortopedia & Saúde, o ortopedista dr. Fabio Ravaglia.
Apesar de os benefícios serem comprovados, dr. Ravaglia afirma que a prática de exercícios físicos não é muito adotada pela terceira idade. O médico cita uma pesquisa realizada em Campinas, São Paulo, que revelou um alto grau de sedentarismo na terceira idade. O estudo realizado pela fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), constatou que dos 426 entrevistados — todos com idade superior a 60 anos — 296 participantes do estudo (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico.
“A pesquisa mostra um maior índice de sedentarismo entre os idosos fumantes, que têm sete vezes mais chances de serem sedentários do que os que não fumam”, conta o dr. Ravaglia. O estudo indica uma forte associação entre sintomas depressivos e/ou ansiedade com a falta de atividade física. O sedentarismo é maior entre os idosos (84,9%) que têm algum tipo de alteração emocional. A análise mostra, ainda, a prevalência de idosos com hipertensão arterial. “Doenças como a hipertensão, frequentes na terceira idade, poderiam ser combatidas com sucesso com a prática de exercícios físicos diária. Ao inserir a caminhada no dia-a-dia, por exemplo, o idoso pode prevenir e tratar uma série de patologias. Combater, inclusive, a que mais debilita o ser humano — o isolamento social. Nas caminhadas, o convívio social é ressaltado, pois além de melhorar a saúde, oferece oportunidade de melhorar a qualidade de vida”, finaliza o médico
POLÍTICA PÚBLICA BUSCA MELHORAR A SAÚDE ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS
Dentro do princípio de que cada Real investido em atividade física se economiza três na área da Saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte constrói e mantém academias para a prática de atividades físicas pela população. Pesquisa mostra que resultados começam a aparecer.
Em Belo Horizonte, uma rede pública de academias oferece a prática de atividades físicas gratuitas à população e ministradas por Profissionais de Educação Física. O projeto, chamado Academias da Cidade, é um braço do Programa BH mais Saudável e foi implantado há três anos pela prefeitura da capital mineira. Hoje, há 13 academias espalhadas pela cidade e a meta é chegar a 48 unidades até 2012. Coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte e a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com o objetivo de promover a saúde, através da redução dos fatores de risco para Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT’s), o programa pretende melhorar a qualidade de vida da população e reduzir gastos com a saúde.
As academias, abertas a todas as pessoas acima de 18 anos, têm como princípio a adoção de processo educativo e cultural que possibilite a mudança de hábitos de vida. Um dos primeiros passos após a sua implementação é a sensibilização da equipe do Centro de Saúde e da comunidade no entorno da academia. Os profissionais envolvidos recebem treinamento especial. O aluno interessado em participar é avaliado através de um histórico da saúde, medidas antropométricas, hemodinâmicas, de força, flexibilidade e cardiorrespiratória. Já os usuários são estimulados a realizar atividades físicas regularmente por, pelo menos, uma hora – três vezes por semana - distribuídas de segunda a sábado nos turnos da manhã, tarde e noite.
Cada academia tem capacidade para atender, em média, 600 alunos. Os usuários podem fazer caminhadas orientadas, exercícios com equipamentos, além de receber orientações nutricionais. Qualquer pessoa interessada tem acesso ao serviço, mas a preferência é garantida aos moradores dos bairros do entorno. Há orientação para a atividade física em grupos com objetivos específicos: treinamento cardiorrespiratório, de força, de flexibilidade, de equilíbrio, de coordenação motora e de consciência corporal. As capacidades são treinadas através do controle da carga e motivação. Também há comemorações de datas festivas e sala de bate papo. Os alunos recebem ainda orientação nutricional em grupo e individual, seguindo referência da Unidade Básica de Saúde (UBS).
Programa já alcança resultados
Pesquisa concluída em junho de 2009, realizada com alunos de oito academias da cidade durante seis meses, aponta que os objetivos de promover a saúde e a qualidade de vida da população através da atividade física já alcançam resultados. Os estudos foram feitos pelos Profissionais de Educação Física Vera Regina Guimarães (CREF 000251-G/MG), coordenadora do Projeto, Rony Carlos Las Casas Rodrigues (CREF 8257-G/MG), coordenador Pedagógico, e pela médica Epidemiologista Maria Angélica de Salles Dias. Os números indicam que, antes do início das atividades físicas, 3,2 dos entrevistados sentiam alguma dor. Depois que começaram a frequentar a academia, este número caiu para 2,88. Outros aspectos pesquisados como índice de massa corporal (IMC), flexibilidade, força e volume de oxigênio (VO2) apresentaram melhoras significativas. Houve queda também no índice de risco cardíaco, que caiu de 158 para 120. Por tudo isto, segundo o estudo, as idas às Unidades Básicas de Saúde (IBS) diminuíram de 40 para 15.
Estágio
Estudantes de Educação Física que desejarem colocar em prática o que aprendem em sala de aula podem concorrer às vagas para estágio no Projeto Academias da Cidade. A inscrição pode ser feita pelo site da Prefeitura de Belo Horizonte. A seleção é feita pelo professor de cada unidade, que encaminha ao setor de Recursos Humanos a ficha do candidato. Cada Academia permite um professor habilitado no Sistema CONFEF/CREFs e cinco estagiários em Educação Física.
Academia a céu aberto
Outro projeto que permite o acesso da população a atividades físicas está em fase de implementação, desta vez pela Secretaria Municipal de Esportes de Belo Horizonte. Trata-se do Academia a céu aberto, que disponibilizará aparelhos para ginástica. O secretário municipal adjunto de Esporte, Fernando Marcos Sampaio Blaser, afirmou que a ideia inicial era montar 20 locais como este, mas que, com o crescimento do projeto, serão implementados em toda Belo Horizonte 100 espaços para atividades físicas, principalmente para idosos e deficientes, nos próximos 24 meses. Um Profissional de Educação Física e dois estagiários também estarão a postos em horários pré-determinados para orientar as atividades.
O secretário acentua a importância do projeto em termos de política pública, apontando a inclusão social da terceira idade e, principalmente, do deficiente, além dos benefícios para a saúde.
“Sem a participação de Profissionais de Educação Física seria impossível a execução do projeto”, afirma o secretário.
“Uma pesquisa indicou que uma parcela de idosos que vão aos postos de saúde, na verdade, querem conversar. Eles têm uma carência que procuram resolver nos postos de saúde. Queremos dar a oportunidade de eles terem um lugar para bater papo nas praças, além de aprimorarem sua saúde com a prática de atividades físicas. Foi assim que surgiu a idéia do Academia a Céu Aberto”, conta Fernando Marcos. Já em setembro, foram inauguradas três academias nos bairros Confisco, Serra e Tancredão.
Este segundo projeto tem a parceria com a Secretaria Municipal de Parques e Jardins, que ajudará na conservação dos espaços, e da Secretaria Municipal de Saúde, que fornecerá Profissionais de Educação Física, médicos e nutricionistas. “Como as pessoas não vão à academia, talvez porque não podem se locomover ou outras dificuldades, vamos levar a academia até elas. Assim que lançamos o projeto, vários bairros se interessaram por sua implementação. A demanda é realmente muito grande”, explicou.
Aumenta o consumo de frutas e hortaliças no Brasil e cai número de pessoas que praticam exercícios
As frutas e hortaliças estão mais presentes no prato do brasileiro. Estudo inédito do Ministério da Saúde revela que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. E 18,9% consumiram cerca de cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em 2006, que ficou em 7,1%.
Isso equivale às 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, o Ministério da Saúde alerta para o aumento no consumo de alimentos com alto teor de açúcar e gordura, e para o maior número de sedentários no país.
Os dados sobre o perfil da alimentação do brasileiro e o hábito de fazer atividade física integram levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. Foram entrevistadas 54.367 pessoas, entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009.
O levantamento foi apresentado durante a comemoração do Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, participou da cerimônia e fez um alerta sobre os riscos da mudança no estilo de vida da população. “A alimentação adequada e a prática regular de exercício ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e câncer. O Ministério tem estimulado hábitos saudáveis, espaços de convivência e prática de esportes nas cidades brasileiras, com repasse de verbas, e com ações de promoção da saúde nas equipes de saúde da família e por meio do Programa Saúde na Escola”, destacou.
Hábito alimentar - De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro.
“Tem-se reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods”, afirmou Deborah Malta, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo à prática de hábitos saudáveis. “O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas”, destaca.
Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou de pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura, contra 39,2% em 2006. A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah Malta, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.
Refrigerantes - Contudo, os dados demonstram também que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó, dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana, e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. Em 2008, 24,6% da população bebia refrigerantes cinco ou mais vezes na semana.
Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior: 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles.
O leite com teor integral de gordura também é o preferido: 58,4% da população consomem esse produto cinco ou mais vezes na semana. Um aumento de quase 2% em três anos. Em 2006, 57,4% da população preferiam os integrais ao invés de desnatados ou semi-desnatados.
Já o consumo de feijão, tão comum na culinária brasileira, está caindo. Esse alimento, que é rico em fibra e ferro, em 2009 fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos durante cinco ou mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%, o que representa uma queda de 8,4% em três anos.
“O feijão requer tempo de preparo e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro”, afirma Deborah Malta. Segundo ela, para reverter o quadro é preciso ampliar as políticas de promoção da saúde, além de esforços de outros setores do governo, como educação, agricultura e comércio.
Sedentarismo - As ações também devem estar integradas ao incentivo e orientação para a prática regular de exercícios físicos. “Hoje observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileiro, e isso não é compensado com o aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias”, alerta Deborah Malta.
Os dados da pesquisa confirmam essa realidade. Apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária - 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%.
O estudo demonstra ainda um aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.
Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. “Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo, ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas”, afirma Deborah Malta.
Para a melhoria da qualidade de vida da população, o governo federal instituiu, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde. Desde então, estados e municípios recebem incentivos financeiros para o desenvolvimento de ações que estimulem a prática de exercícios físicos, alimentação saudável e construção de espaços de convivência e lazer.
Importância da atividade física
Neste artigo:
- Introdução
- Por que a preocupação com o sedentarismo?
- Quais são os benefícios da atividade física?
- Como é feita a escolha da atividade física adequada?
- Atividade física em crianças e jovens
- Atividade física em idosos
- Atividade física durante a gestação
- Considerações finais
"A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam."
Introdução
Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.
No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública.
Por que a preocupação com o sedentarismo?
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência.
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc.
Quais são os benefícios da atividade física?
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.
Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida.
Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão.
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes.
Como é feita a escolha da atividade física adequada?
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:
• Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.
• Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.
• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.
Atividade física em crianças e jovens
Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia "extra normal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade.
Atividade física em idosos
A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício.
Está mais do que comprovado que os idosos obtém benefícios da prática de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a auto-estima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização.
Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, hidroginástica e musculação.
Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias:
• Uso de roupas e calçados adequados.
• Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício.
• Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem.
• Iniciar as atividades lenta e gradualmente.
• Evitar o cigarro e medicamentos para dormir.
• Alimentar-se até duas horas antes do exercício.
• Respeitar seus limites pessoais.
• Informar qualquer sintoma.
Atividade física durante a gestação
É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da gestação, para facilitar a adequação às alterações que ocorrem nesse período. Uma melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domésticas; uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a auto-estima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segurança e de felicidade.
Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos.
Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal para ser avaliada pelo obstetra. Após a realização dos exames ele poderá liberar ou não a prática de exercícios. As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso.
As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são:
• Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos.
• Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação.
• Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes!
• Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração.
Considerações finais
Para finalizar devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e fibras. Prefira o consumo de carnes grelhadas ou preparadas com pouca gordura. Evite o consumo excessivo de doces, comidas congeladas e os famosos lanches de "fast-foods". E lembre-se: beba muito líquido (de preferência água e sucos naturais).
A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social. O que isso quer dizer? Há uma melhora significativa da sua qualidade de vida!
O que precisamos ressaltar é o investimento contínuo no futuro, a partir do qual as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas no seu dia-a-dia, como subir escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem, lavagem do carro, passeios no parque. A palavra de ordem é MOVIMENTO.
Historicamente, a Educação Física tem priorizado e enfatizado a dimensão bio-fisiológica. Entretanto, a partir da década de 80, a presença de outros ramos do saber, especialmente das Ciências Humanas tem participado deste debate. Novas questões, advindas da percepção da complexidade das ações humanas, tem sido trazidas por este outro campo científico. Passa-se a estudar a Educação Física em uma visão mais ampla, priorizando a multidisciplinariedade, onde o homem, cada vez mais, deixa de ser percebido como um ser essencialmente biológico para ser concebido segundo uma visão mais abrangente, onde se considera os processos sociais, históricos e culturais.
Este ensaio pretende inserir-se nesta discussão. Seu objetivo é contribuir para o debate, de uma forma introdutória, levantando questões sobre o papel das relações sociais no universo da atividade física.
O trabalho está estruturado em duas partes. Na primeira, buscamos apresentar a visão que, historicamente, tem legitimado a relação entre a atividade física, saúde e qualidade de vida da perspectiva das ciências biológicas. Na segunda parte, com o objetivo de trazer novos elementos para o debate, lançamos um olhar social, cultural e histórico sobre o tema.
O paradigma do Estilo de Vida Ativa
“Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)
A par das evidências de que o homem contemporâneo utiliza-se cada vez menos de suas potencialidades corporais e de que o baixo nível de atividade física é fator decisivo no desenvolvimento de doenças degenerativas sustenta-se a hipótese da necessidade de se promoverem mudanças no seu estilo de vida, levando-o a incorporar a prática de atividades físicas ao seu cotidiano. Nessa perspectiva, o interesse em conceitos como “ATIVIDADE FÍSICA”, “ESTILO DE VIDA” e “QUALIDADE DE VIDA” vem adquirindo relevância, ensejando a produção de trabalhos científicos vários e constituindo um movimento no sentido de valorizar ações voltadas para a determinação e operacionalização de variáveis que possam contribuir para a melhoria do bem-estar do indivíduo por meio do incremento do nível de atividade física habitual da população.
Da análise às justificativas presentes nas propostas de implementação de programas de promoção da saúde e qualidade de vida por meio do incremento da atividade física, depreende-se que o principal argumento teórico utilizado está fundamentado no paradigma contemporâneo do estilo de Vida Ativa.
Tal estilo tem sido apontado, por vários setores da comunidade científica, como um dos fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que associa o estilo de vida saudável ao hábito da prática de atividades físicas e, consequentemente, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. Este referencial toma a forma de um paradigma na medida em que constitui o modelo contemporâneo no qual se fundamentam a maioria dos estudos envolvendo a relação positiva entre atividade física, saúde, estilo de vida e qualidade de vida. Identifica-se, neste paradigma, a interação das dimensões da promoção da saúde, da qualidade de vida e da atividade física dentro de um movimento denominado aqui de Movimento Vida Ativa, o qual vem sendo desencadeado no âmbito da Educação Física e Ciências do Esporte, cujo eixo epistemológico centra-se no incremento do nível de atividade física habitual da população em geral.
O pressuposto sustenta a necessidade de se proporcionar um maior conhecimento, por parte da população, sobre os benefícios da atividade física e de se aumentar o seu envolvimento com atividades que resultem em gasto energético acima do repouso, tornando os indivíduos mais ativos.
Neste cenário, entende-se que o incremento do nível de atividade física constitui um fator fundamental de melhoria da saúde pública.
Atividade Física & Saúde
Uma tendência dominante no campo da Educação Física estabelece uma relação entre a prática da atividade física e a conduta saudável. A fisiologia do exercício nos mostra inúmeros estudos sustentando esta tese.
Nesta linha, Matsudo & Matsudo (2000) afirmam que os principais benefícios à saúde advindos da prática de atividade física referem-se aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos. Os efeitos metabólicos apontados pelos autores são o aumento do volume sistólico; o aumento da potência aeróbica; o aumento da ventilação pulmonar; a melhora do perfil lipídico; a diminuição da pressão arterial; a melhora da sensibilidade à insulina e a diminuição da freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Com relação aos efeitos antropométricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminuição da gordura corporal, o incremento da força e da massa muscular, da densidade óssea e da flexibilidade.
E, na dimensão psicológica, afirmam que a atividade física atua na melhoria da auto-estima, do auto conceito, da imagem corporal, das funções cognitivas e de socialização, na diminuição do estresse e da ansiedade e na diminuição do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a prática de exercícios físicos habituais, além de promover a saúde, influencia na reabilitação de determinadas patologias associadas ao aumento dos índices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-relação entre a atividade física, aptidão física e saúde, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a prática da atividade física influencia e é influenciada pelos índices de aptidão física, as quais determinam e são determinados pelo estado de saúde.
Para a melhor compreensão deste modelo definem as variáveis que o compõem:
Atividade Física é definida, segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.
Saúde, de acordo com Bouchard (1990), é definida como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um continuum com pólos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano e a saúde negativa associaria-se à morbidade e, no extremo, à mortalidade.
Para a Aptidão física, adotam a definição de Bouchard et al.(1990): um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita a cada um, funcionando no pico de sua capacidade intelectual, realizar as tarefas do cotidiano, ocupar ativamente as horas de lazer, enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, sentir uma alegria de viver e evitar o aparecimento das disfunções hipocinéticas.
Nesta definição distinguem a aptidão física relacionada à saúde da aptidão física relacionada à capacidade esportiva. A primeira reúne os aspectos bio-fisiológicos responsáveis pela promoção da saúde; a segunda refere-se aos aspectos promotores do rendimento esportivo.
O modelo em questão vem orientando grande parte dos estudos cujo enfoque é a relação entre a atividade física e saúde na perspectiva da aptidão física e saúde (Barbanti,1991; Böhme,1994; Nahas et al.,1995; Freitas Júnior,1995; Petroski,1997; Lopes, 1997; Ribeiro,1998; Fechio,1998; Glaner,1998; Zago et al.,2000).
Para Marques (1999), esta perspectiva contemporânea de relacionar aptidão física à saúde representa um estado multifacetado de bem-estar resultante da participação na atividade física. Supera a tradicional perspectiva do “fitness”, preconizada nos anos 70 e 80 - centrada no desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória - e procura inter-relacionar as variáveis associadas à promoção da saúde. Remete, pois, segundo Neto (1999) a um novo conceito de exercício saudável, no qual os benefícios ao organismo derivariam do aumento do metabolismo (da maior produção de energia diariamente) promovido pela prática de atividades moderadas e agradáveis.
Conforme Neto (1999), o aumento em 15 % da produção diária de calorias - cerca de 30 minutos de atividades físicas moderadas - pode fazer com que indivíduos sedentários passem a fazer parte do grupo de pessoas consideradas ativas, diminuindo, assim, suas chances de desenvolverem moléstias associadas à vida pouco ativa
.
Entidades ligadas à Educação Física e às Ciências do Esporte como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Conselho Internacional de Ciências do Esporte e Educação Física (ICSSPE), o Centro de Controle e Prevenção de Doença - USA (CDC), o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM), a Federação Internacional de Medicina Esportiva (FIMS), a Associação Americana de Cardiologia e o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (CELAFISCS) preconizam que sessões de trinta minutos de atividades físicas por dia, na maior parte dos dias da semana, desenvolvidas continuamente ou mesmo em períodos cumulativos de 10 a 15 minutos, em intensidade moderada, já são suficientes para a promoção da saúde (Matsudo,1999). Nesta mesma direção, encontram-se numerosos trabalhos de abordagem epidemiológica assegurando que o baixo nível de atividade física intervém decisivamente nos processos de desenvolvimento de doenças degenerativas (Powell et al., 1985).
Dentre os estudos mais expressivos envolvendo esta linha de pesquisa, tem-se o estudo de Paffenbarger (1993). Analisando ex-alunos da Universidade de Harvard, o autor observou que a prática de atividade física está relacionada a menores índices de mortalidade. Comparando indivíduos ativos e moderadamente ativos com indivíduos menos ativos, verificou que a expectativa de vida é maior para aqueles cujo nível de atividade física é mais elevado. Com relação ao risco de morte por doenças cardiovasculares, respiratórias e por câncer, o estudo sugere uma relação inversa deste com o nível de atividade física .
Estudos experimentais sugerem que a prática de atividades de intensidade moderada atua na redução de taxas de mortalidade e de risco de desenvolvimento de doenças degenerativas como as enfermidades cardiovasculares, hipertensão, osteoporose, diabetes, enfermidades respiratórias, dentre outras. São relatados, ainda, efeitos positivos da atividade física no processo de envelhecimento, no aumento da longevidade, no controle da obesidade e em alguns tipos de câncer (Powell et al.,1985; Gonsalves,1996; Matsudo & Matsudo,2000).
Destas constatações infere-se que a realização sistemática de atividades corporais é fator determinante na promoção da saúde e da qualidade de vida.
Qualidade de vida
Recentemente, a relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educação Física e das Ciências do Esporte. Tem, na relação positiva estabelecida entre atividade física e melhores padrões de qualidade de vida, sua maior expressão.
Observa-se, nos eventos científicos, nacionais e internacionais, realizados nos últimos anos, a ênfase dada a esta relação. Muitas são as declarações documentadas neste sentido.
O Simpósio Internacional de Ciências do esporte realizado em São Paulo em outubro de 1998, promovido pelo CELAFISCS com o tema Atividade Física : passaporte para a saúde, privilegiou em seu programa oficial a relação saúde/atividade física/qualidade de vida destacando os seus aspectos funcionais e anatomo-funcionais.
Os resumos e conferências publicadas nos anais do Congresso Mundial da AIESEP realizado no Rio de Janeiro, em janeiro de 1997, cujo tema oficial foi a Atividade Física na perspectiva da cultura e da Qualidade de Vida, destacam a relação da qualidade de vida com fatores morfo-fisiológicos da atividade física.
No I Congresso Centro-Oeste de Educação Física, Esporte e Lazer, realizado em setembro de 1999, na cidade de Brasília, promovido pelas instituições de ensino superior em Educação Física da região Centro-Oeste, o tema da atividade física e saúde representou 20% dos trabalhos publicados nos anais. A temática da atividade física e qualidade de vida foi objeto de discussão em conferências e mesas redondas. Também neste evento observa-se a ênfase dada aos aspectos biofisiológicos da relação atividade física/saúde/qualidade de vida.
Vários autores e entidades ligados à Educação Física ratificam este entendimento.
Katch & McArdle (1996) preconizam a prática de exercícios físicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999), em posicionamento oficial, sustenta que a saúde e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física.
Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescrição de atividade física enquanto fator de prevenção de doença e melhoria da qualidade de vida.
Lima (1999) afirma que a Atividade Física tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar.
Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da prática de atividade física regular na melhoria da qualidade de vida.
Nahas (1997) admite a relação entre a atividade física e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade física enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada à saúde.
Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indivíduo saudável) da qualidade de vida relacionada à saúde (aplicada ao indivíduo sabidamente doente) vincula à prática de atividade física à obtenção e preservação da qualidade de vida.
Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade física proporcionaria uma desejável qualidade de vida, sugere que programas de atividade física bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, consequentemente , otimizar a qualidade de vida.
Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a prática da caminhada contribui para a promoção da saúde de forma preventiva e consciente. Vêem na atividade física um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida.
O “Manifesto de São Paulo para a promoção de Atividades Físicas nas Américas” - publicado na Revista Brasileira Ciência e Movimento (jan/2000) - destaca a necessidade de inclusão da prática de atividade física no cotidiano das pessoas de modo a promover estilos de vida saudáveis rumo a melhoria da qualidade de vida.
Fora dos círculos acadêmicos, os meios de comunicação constantemente veiculam informações a respeito da necessidade de o homem contemporâneo melhorar sua qualidade de vida por meio da adoção de hábitos mais saudáveis em seu cotidiano.
Neste contexto, a Federação Internacional de Educação Física - FIEP, elaborou o “Manifesto Mundial de Educação Física - 2000”, o qual representa um importante acontecimento na história da Educação Física pois pretende reunir em um único documento as propostas e discussões efetivadas, no âmbito desta entidade, no decorrer do século XX..
O manifesto expressa os ideais contemporâneos de valorização da vida ativa, ou seja, ratifica a relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida e prioriza o combate ao sedentarismo como objetivo da Educação Física (formal e não formal) por meio da educação para a saúde e para o lazer ativo de forma continuada.
Novos olhares sobre a relação Atividade Física e Saúde
Diferentes visões acerca da atividade física, da qualidade de vida e da saúde foram acima apresentadas. Correspondem a visões bastante disseminadas e aceitas no domínio da Educação Física. Em comum, nestas análises, encontramos o acentuado viés biológico que as marca e as caracteriza. Este, historicamente, tem sido a base da formação do profissional de Educação Física.
Segundo compreendemos, a questão não nos parece suficientemente resolvida deste ponto de vista. A relação entre atividade física e saúde envolve uma multiplicidade de questões. Resolvê-la exclusivamente pelo paradigma naturalista é desconhecer a complexidade do tema. O ser humano não pode ser reduzido à dimensão biológica pois é fruto de um processo e de relações sociais bem mais amplas e abrangentes.
Neste contexto, as Ciências Sociais oferecem importante contribuição para o debate ao conceber o homem segundo uma lógica distinta daquela estritamente bio-fisiológica. No entender dessas ciências, a realidade não é um dado unívoco, mas uma construção social, que varia segundo a história, as diferentes estruturas e os diferentes processos sociais.
Na perspectiva naturalista, pouca atenção tem sido dada aos interesses políticos e econômicos associados à saúde, à aptidão física e aos estilos de vida ativa. Esta visão assumiu uma postura eminentemente individualista e biologicista no qual elaborou-se o conceito de vida fisicamente ativa independentemente de uma análise cultural, econômica e política, desconsiderando as contradições estruturais que limitam as oportunidades de diferentes grupos sociais.
PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS PROMOVE QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE
A prática esportiva é muito importante, tendo impacto positivo na qualidade de vida e na saúde das pessoas, sobretudo na terceira idade, já que favorece o equilíbrio físico e emocional dessa faixa etária. “No aspecto funcional, destaco o aumento da força em até 200%, além do fortalecimento dos ossos; aumento da mobilidade e flexibilidade nas articulações, melhora do equilíbrio, manutenção da postura e aumento da capacidade de coordenar melhor os movimentos. No aspecto psicológico, posso citar o aumento da disposição, melhora da auto-estima e da sensação de bem estar. Esse conjunto de benefícios colabora para que o idoso saia de um eventual estado depressivo”, salienta o presidente do Instituto Ortopedia & Saúde, o ortopedista dr. Fabio Ravaglia.
Apesar de os benefícios serem comprovados, dr. Ravaglia afirma que a prática de exercícios físicos não é muito adotada pela terceira idade. O médico cita uma pesquisa realizada em Campinas, São Paulo, que revelou um alto grau de sedentarismo na terceira idade. O estudo realizado pela fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), constatou que dos 426 entrevistados — todos com idade superior a 60 anos — 296 participantes do estudo (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico.
“A pesquisa mostra um maior índice de sedentarismo entre os idosos fumantes, que têm sete vezes mais chances de serem sedentários do que os que não fumam”, conta o dr. Ravaglia. O estudo indica uma forte associação entre sintomas depressivos e/ou ansiedade com a falta de atividade física. O sedentarismo é maior entre os idosos (84,9%) que têm algum tipo de alteração emocional. A análise mostra, ainda, a prevalência de idosos com hipertensão arterial. “Doenças como a hipertensão, frequentes na terceira idade, poderiam ser combatidas com sucesso com a prática de exercícios físicos diária. Ao inserir a caminhada no dia-a-dia, por exemplo, o idoso pode prevenir e tratar uma série de patologias. Combater, inclusive, a que mais debilita o ser humano — o isolamento social. Nas caminhadas, o convívio social é ressaltado, pois além de melhorar a saúde, oferece oportunidade de melhorar a qualidade de vida”, finaliza o médico
A prática esportiva é muito importante, tendo impacto positivo na qualidade de vida e na saúde das pessoas, sobretudo na terceira idade, já que favorece o equilíbrio físico e emocional dessa faixa etária. “No aspecto funcional, destaco o aumento da força em até 200%, além do fortalecimento dos ossos; aumento da mobilidade e flexibilidade nas articulações, melhora do equilíbrio, manutenção da postura e aumento da capacidade de coordenar melhor os movimentos. No aspecto psicológico, posso citar o aumento da disposição, melhora da auto-estima e da sensação de bem estar. Esse conjunto de benefícios colabora para que o idoso saia de um eventual estado depressivo”, salienta o presidente do Instituto Ortopedia & Saúde, o ortopedista dr. Fabio Ravaglia.
Apesar de os benefícios serem comprovados, dr. Ravaglia afirma que a prática de exercícios físicos não é muito adotada pela terceira idade. O médico cita uma pesquisa realizada em Campinas, São Paulo, que revelou um alto grau de sedentarismo na terceira idade. O estudo realizado pela fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), constatou que dos 426 entrevistados — todos com idade superior a 60 anos — 296 participantes do estudo (70,9%) não praticavam nenhum exercício físico.
“A pesquisa mostra um maior índice de sedentarismo entre os idosos fumantes, que têm sete vezes mais chances de serem sedentários do que os que não fumam”, conta o dr. Ravaglia. O estudo indica uma forte associação entre sintomas depressivos e/ou ansiedade com a falta de atividade física. O sedentarismo é maior entre os idosos (84,9%) que têm algum tipo de alteração emocional. A análise mostra, ainda, a prevalência de idosos com hipertensão arterial. “Doenças como a hipertensão, frequentes na terceira idade, poderiam ser combatidas com sucesso com a prática de exercícios físicos diária. Ao inserir a caminhada no dia-a-dia, por exemplo, o idoso pode prevenir e tratar uma série de patologias. Combater, inclusive, a que mais debilita o ser humano — o isolamento social. Nas caminhadas, o convívio social é ressaltado, pois além de melhorar a saúde, oferece oportunidade de melhorar a qualidade de vida”, finaliza o médico
POLÍTICA PÚBLICA BUSCA MELHORAR A SAÚDE ATRAVÉS DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS
Dentro do princípio de que cada Real investido em atividade física se economiza três na área da Saúde, a Prefeitura de Belo Horizonte constrói e mantém academias para a prática de atividades físicas pela população. Pesquisa mostra que resultados começam a aparecer.
Em Belo Horizonte, uma rede pública de academias oferece a prática de atividades físicas gratuitas à população e ministradas por Profissionais de Educação Física. O projeto, chamado Academias da Cidade, é um braço do Programa BH mais Saudável e foi implantado há três anos pela prefeitura da capital mineira. Hoje, há 13 academias espalhadas pela cidade e a meta é chegar a 48 unidades até 2012. Coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esporte e a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com o objetivo de promover a saúde, através da redução dos fatores de risco para Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT’s), o programa pretende melhorar a qualidade de vida da população e reduzir gastos com a saúde.
As academias, abertas a todas as pessoas acima de 18 anos, têm como princípio a adoção de processo educativo e cultural que possibilite a mudança de hábitos de vida. Um dos primeiros passos após a sua implementação é a sensibilização da equipe do Centro de Saúde e da comunidade no entorno da academia. Os profissionais envolvidos recebem treinamento especial. O aluno interessado em participar é avaliado através de um histórico da saúde, medidas antropométricas, hemodinâmicas, de força, flexibilidade e cardiorrespiratória. Já os usuários são estimulados a realizar atividades físicas regularmente por, pelo menos, uma hora – três vezes por semana - distribuídas de segunda a sábado nos turnos da manhã, tarde e noite.
Cada academia tem capacidade para atender, em média, 600 alunos. Os usuários podem fazer caminhadas orientadas, exercícios com equipamentos, além de receber orientações nutricionais. Qualquer pessoa interessada tem acesso ao serviço, mas a preferência é garantida aos moradores dos bairros do entorno. Há orientação para a atividade física em grupos com objetivos específicos: treinamento cardiorrespiratório, de força, de flexibilidade, de equilíbrio, de coordenação motora e de consciência corporal. As capacidades são treinadas através do controle da carga e motivação. Também há comemorações de datas festivas e sala de bate papo. Os alunos recebem ainda orientação nutricional em grupo e individual, seguindo referência da Unidade Básica de Saúde (UBS).
Programa já alcança resultados
Pesquisa concluída em junho de 2009, realizada com alunos de oito academias da cidade durante seis meses, aponta que os objetivos de promover a saúde e a qualidade de vida da população através da atividade física já alcançam resultados. Os estudos foram feitos pelos Profissionais de Educação Física Vera Regina Guimarães (CREF 000251-G/MG), coordenadora do Projeto, Rony Carlos Las Casas Rodrigues (CREF 8257-G/MG), coordenador Pedagógico, e pela médica Epidemiologista Maria Angélica de Salles Dias. Os números indicam que, antes do início das atividades físicas, 3,2 dos entrevistados sentiam alguma dor. Depois que começaram a frequentar a academia, este número caiu para 2,88. Outros aspectos pesquisados como índice de massa corporal (IMC), flexibilidade, força e volume de oxigênio (VO2) apresentaram melhoras significativas. Houve queda também no índice de risco cardíaco, que caiu de 158 para 120. Por tudo isto, segundo o estudo, as idas às Unidades Básicas de Saúde (IBS) diminuíram de 40 para 15.
Estágio
Estudantes de Educação Física que desejarem colocar em prática o que aprendem em sala de aula podem concorrer às vagas para estágio no Projeto Academias da Cidade. A inscrição pode ser feita pelo site da Prefeitura de Belo Horizonte. A seleção é feita pelo professor de cada unidade, que encaminha ao setor de Recursos Humanos a ficha do candidato. Cada Academia permite um professor habilitado no Sistema CONFEF/CREFs e cinco estagiários em Educação Física.
Academia a céu aberto
Outro projeto que permite o acesso da população a atividades físicas está em fase de implementação, desta vez pela Secretaria Municipal de Esportes de Belo Horizonte. Trata-se do Academia a céu aberto, que disponibilizará aparelhos para ginástica. O secretário municipal adjunto de Esporte, Fernando Marcos Sampaio Blaser, afirmou que a ideia inicial era montar 20 locais como este, mas que, com o crescimento do projeto, serão implementados em toda Belo Horizonte 100 espaços para atividades físicas, principalmente para idosos e deficientes, nos próximos 24 meses. Um Profissional de Educação Física e dois estagiários também estarão a postos em horários pré-determinados para orientar as atividades.
O secretário acentua a importância do projeto em termos de política pública, apontando a inclusão social da terceira idade e, principalmente, do deficiente, além dos benefícios para a saúde.
“Sem a participação de Profissionais de Educação Física seria impossível a execução do projeto”, afirma o secretário.
“Uma pesquisa indicou que uma parcela de idosos que vão aos postos de saúde, na verdade, querem conversar. Eles têm uma carência que procuram resolver nos postos de saúde. Queremos dar a oportunidade de eles terem um lugar para bater papo nas praças, além de aprimorarem sua saúde com a prática de atividades físicas. Foi assim que surgiu a idéia do Academia a Céu Aberto”, conta Fernando Marcos. Já em setembro, foram inauguradas três academias nos bairros Confisco, Serra e Tancredão.
Este segundo projeto tem a parceria com a Secretaria Municipal de Parques e Jardins, que ajudará na conservação dos espaços, e da Secretaria Municipal de Saúde, que fornecerá Profissionais de Educação Física, médicos e nutricionistas. “Como as pessoas não vão à academia, talvez porque não podem se locomover ou outras dificuldades, vamos levar a academia até elas. Assim que lançamos o projeto, vários bairros se interessaram por sua implementação. A demanda é realmente muito grande”, explicou.
Aumenta o consumo de frutas e hortaliças no Brasil e cai número de pessoas que praticam exercícios
As frutas e hortaliças estão mais presentes no prato do brasileiro. Estudo inédito do Ministério da Saúde revela que 30,4% da população com mais de 18 anos optam por esses alimentos cinco ou mais vezes por semana. E 18,9% consumiram cerca de cinco porções diariamente em 2009 - 2,6 vezes mais que o registrado em 2006, que ficou em 7,1%.
Isso equivale às 400 gramas diárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Contudo, o Ministério da Saúde alerta para o aumento no consumo de alimentos com alto teor de açúcar e gordura, e para o maior número de sedentários no país.
Os dados sobre o perfil da alimentação do brasileiro e o hábito de fazer atividade física integram levantamento realizado todo ano pelo Ministério da Saúde, o Vigitel. Foram entrevistadas 54.367 pessoas, entre os dias 12 de janeiro e 22 de dezembro de 2009.
O levantamento foi apresentado durante a comemoração do Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em Brasília. O ministro José Gomes Temporão, da Saúde, participou da cerimônia e fez um alerta sobre os riscos da mudança no estilo de vida da população. “A alimentação adequada e a prática regular de exercício ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e câncer. O Ministério tem estimulado hábitos saudáveis, espaços de convivência e prática de esportes nas cidades brasileiras, com repasse de verbas, e com ações de promoção da saúde nas equipes de saúde da família e por meio do Programa Saúde na Escola”, destacou.
Hábito alimentar - De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro.
“Tem-se reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast-foods”, afirmou Deborah Malta, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo à prática de hábitos saudáveis. “O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas”, destaca.
Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou de pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura, contra 39,2% em 2006. A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah Malta, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.
Refrigerantes - Contudo, os dados demonstram também que refrigerantes e sucos artificiais (aqueles em pó, dissolvidos em água) participam ativamente da dieta do brasileiro. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez na semana, e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo regular, quase todo dia, aumentou 13,4% em um ano. Em 2008, 24,6% da população bebia refrigerantes cinco ou mais vezes na semana.
Entre os mais jovens, de 18 a 24 anos, o índice é ainda maior: 42,1% bebem refrigerantes quase todos os dias. Além disso, as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas. Só 15% da população adulta optam por eles.
O leite com teor integral de gordura também é o preferido: 58,4% da população consomem esse produto cinco ou mais vezes na semana. Um aumento de quase 2% em três anos. Em 2006, 57,4% da população preferiam os integrais ao invés de desnatados ou semi-desnatados.
Já o consumo de feijão, tão comum na culinária brasileira, está caindo. Esse alimento, que é rico em fibra e ferro, em 2009 fez parte do cardápio de 65,8% dos adultos durante cinco ou mais vezes na semana. Em 2006, o índice era 71,9%, o que representa uma queda de 8,4% em três anos.
“O feijão requer tempo de preparo e pressupõe uma comida caseira. Com a mudança no estilo de vida da população, ele está saindo da rotina do brasileiro”, afirma Deborah Malta. Segundo ela, para reverter o quadro é preciso ampliar as políticas de promoção da saúde, além de esforços de outros setores do governo, como educação, agricultura e comércio.
Sedentarismo - As ações também devem estar integradas ao incentivo e orientação para a prática regular de exercícios físicos. “Hoje observamos um predomínio de alimentos com alto teor de gordura e açúcar na dieta do brasileiro, e isso não é compensado com o aumento de atividades físicas. Pelo contrário, as pessoas estão mais sedentárias”, alerta Deborah Malta.
Os dados da pesquisa confirmam essa realidade. Apenas 14,7% dos adultos fazem atividades físicas no tempo livre com a regularidade necessária - 30 minutos diários, cinco vezes por semana. Considerando aqueles que se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta, o índice sobe para 30,8%.
O estudo demonstra ainda um aumento do número de sedentários no país, que hoje representam 16,4% da população, ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, no deslocamento, na limpeza da casa ou outros trabalhos pesados. Esse índice é 24% maior que o registrado em 2006, quando havia 13,2% de adultos inativos fisicamente.
Nos períodos de descanso, é a televisão que distrai o brasileiro. A pesquisa mostrou que 25,8% dos adultos passam três ou mais horas em frente à TV e isso acontece cinco vezes ou mais na semana. “Isso demonstra que as pessoas optam cada vez mais por um lazer passivo, ao invés de praticar esportes ou outras atividades físicas”, afirma Deborah Malta.
Para a melhoria da qualidade de vida da população, o governo federal instituiu, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde. Desde então, estados e municípios recebem incentivos financeiros para o desenvolvimento de ações que estimulem a prática de exercícios físicos, alimentação saudável e construção de espaços de convivência e lazer.
Importância da atividade física
Neste artigo:
- Introdução
- Por que a preocupação com o sedentarismo?
- Quais são os benefícios da atividade física?
- Como é feita a escolha da atividade física adequada?
- Atividade física em crianças e jovens
- Atividade física em idosos
- Atividade física durante a gestação
- Considerações finais
"A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam."
Introdução
Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.
No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública.
Por que a preocupação com o sedentarismo?
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades.
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência.
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc.
Quais são os benefícios da atividade física?
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.
Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida.
Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão.
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes.
Como é feita a escolha da atividade física adequada?
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:
• Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.
• Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.
• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos.
Atividade física em crianças e jovens
Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia "extra normal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade.
Atividade física em idosos
A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício.
Está mais do que comprovado que os idosos obtém benefícios da prática de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a auto-estima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização.
Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, hidroginástica e musculação.
Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias:
• Uso de roupas e calçados adequados.
• Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício.
• Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem.
• Iniciar as atividades lenta e gradualmente.
• Evitar o cigarro e medicamentos para dormir.
• Alimentar-se até duas horas antes do exercício.
• Respeitar seus limites pessoais.
• Informar qualquer sintoma.
Atividade física durante a gestação
É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da gestação, para facilitar a adequação às alterações que ocorrem nesse período. Uma melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domésticas; uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a auto-estima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segurança e de felicidade.
Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos.
Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal para ser avaliada pelo obstetra. Após a realização dos exames ele poderá liberar ou não a prática de exercícios. As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso.
As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são:
• Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos.
• Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação.
• Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes!
• Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração.
Considerações finais
Para finalizar devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e fibras. Prefira o consumo de carnes grelhadas ou preparadas com pouca gordura. Evite o consumo excessivo de doces, comidas congeladas e os famosos lanches de "fast-foods". E lembre-se: beba muito líquido (de preferência água e sucos naturais).
A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social. O que isso quer dizer? Há uma melhora significativa da sua qualidade de vida!
O que precisamos ressaltar é o investimento contínuo no futuro, a partir do qual as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas no seu dia-a-dia, como subir escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem, lavagem do carro, passeios no parque. A palavra de ordem é MOVIMENTO.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Atletas e amigos
Aqui alguns dos jovens atletas que já estivem conosco em 2008,campo do Estrela e tiveram a possibilidade de estarem fazendo testes na época no jac, foto:coordenador e técnico DELOSMAR atletas Lucas,Mario e Alison além de ser grandes atletas são ótimas pessoas e amigos que sejam assim em toda suas vidas.
todos pelo esporte.Imagem do Estádio Urbano Caldeira a famosa"VILA BELMIRO"
ola meus amigos(a) é com muito prazer que recebo vacês no meu Blog,vou contar rapitamente minha história no esporte social,apesar de sempre apoiar todos os esporte o futebol acabou ser destacando pela facilidade de ajudar o maior numero de garotos possivel,dentro da realidade que vivemos o futebol é um esporte que reuni todas as raças,religiões; não á diferença entre o alto e o baixa,magro do gordinho todos podem jogar, fazer a diferença com sua melhor habilidade.Meu trabalho começou em 2005 no corinthians do alto do cardoso,onde realizei um trabalho com mais de 55 jovens atletas.No ano seguinte já no Estrela do bosque continuamos o trabalho com um acréscimo de poder levar alguns garotos para testes em equipes profissional do futebol,tivemos a oportunidade de ter levados alguns atletas para teste.
Apesar da dificuldade não desistimos, sempre estamos fazendo o melhor para cada um deles,como atletas e cidadão sabemos que o futebol não é facil.
Neste ano de 2010 o trabalho continua estamos no joão do pulo,e tenho parceria com o corinthians do alto do cardoso e grêmio mombaça no mesmo bairro.
No ano que vem o trabalho continua ainda mais.
Minha filosofia de trabalho é visar o ser humano como pessoa e depois como atleta,dentro deste trabalho sempre estamos conversando com cada um deles para conhece-los melhor,depois vem a parte mais dificil é tentar transformar o atleta amador em um possivel profissional com muito treinamento fisico,técnico e o grande momento o teste.Você que gosta de futebol ou de esporte nos procure,até a proxima veja mais.
Apesar da dificuldade não desistimos, sempre estamos fazendo o melhor para cada um deles,como atletas e cidadão sabemos que o futebol não é facil.
Neste ano de 2010 o trabalho continua estamos no joão do pulo,e tenho parceria com o corinthians do alto do cardoso e grêmio mombaça no mesmo bairro.
No ano que vem o trabalho continua ainda mais.
Minha filosofia de trabalho é visar o ser humano como pessoa e depois como atleta,dentro deste trabalho sempre estamos conversando com cada um deles para conhece-los melhor,depois vem a parte mais dificil é tentar transformar o atleta amador em um possivel profissional com muito treinamento fisico,técnico e o grande momento o teste.Você que gosta de futebol ou de esporte nos procure,até a proxima veja mais.
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